Sr. prefeito, meu nome é Sílvia Maria Barros, pedagoga, nascida em Fortaleza e meu esposo é Josias Bezerra, jornalista, nativo do distrito de Guriú, nascido em 1957, filho de Manoel Levi Bezerra e Ausa Fagundes Beserra. Por falta de recursos, vieram morar em Fortaleza, para sobrevivência e estudo dos 5 filhos.
Há dez anos nós resolvemos conhecer o lugar onde meu marido (Josias Bezerra) nasceu e por termos vínculos com pessoas de lá, passamos, com alguma frequência a visitar o lugar. Adorei a vida calma e pacata, com ares de sertão; cheiro da terra, do gado, da mata fresca do mar e da paz abundante. No começo, vimos muita dificuldade, era um lugar bem desprezado, onde até a televisão era na praça, mas de povo simples e hospitaleiro. Pessoas nativas acentada nos terrenos da Marinha desenvolveram esse pequeno lugarejo que traz encanto e nobreza. Na sua maioria pescadores, mas, com uma cultura muito elevada, onde têm muito a ensinar, o que não deixa de ser uma troca de experiência muito boa, pois nos ensina que cada é é doutor da sua própria profissão.
Somos encantados(as) eu, meu marido, meus filhos e amigos, por esse lugar. Hoje estamos sozinhos, pois nossos filhos estão em São Paulo, (São José dos Campos) se profissionalizando; um no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e o outro em Araraquara (SP) fazendo curso de Aviação Civil e nós aqui em Fortaleza, trabalhando e passando nossas férias e folgas no maravilhoso Guriú.
A maioria das pessoas já nos conhece, levamos sempre amigos e parentes de outros estados para passear e nos alojamos sempre na casa do Cicho Pedro, por sinal, gente muito acolhedora.
Nessa nossa última viagem, fomos apreciar a XI Regata de Canos do Guriú, evento este que soubemos através do Orkut de alguns amigos. Foi muito bonita e se tivessemos sabido em tempo ábil, tinhamos levado ao conhecimento da grande mídia fortalezense para maior divulgação. Tivemos o prazer de conhecê-los, o senhor e sua esposa, a quem eu e meu esposo entrevistamos e batemos muitas fotografias que estão no Guriú Blog e no Orkut. Se o senhor lembra, eu lhe perguntei se podia colocar no blog e o senhor permitiu.
Estamos muito felizes como progresso que toma conta dessa cidade, realmente, se vê muita coisa modificada. O que me entristeceu naquela cidade, foi ver pessoas enfermas ter que viajar para lugares distantes, mal acomodadas para ir a lugares distantes, mal acomodadas para ir atrás de consulta, registrar filhos e comprar mercadorias de maiores necessidades.
Agora, vejo a mudança chegando com antenas parabólicas nas residências, colégios e postos de saúde, mercantis, padarias, depósito de construção e etc. Muito bom! Só teve um fato que me deixou bastante decepcionada e que eu acho que não chegou ao seu conhecimento. -"Tive que levar uma senhora de 85 anos nascida no Guriú, por nome de Francisca Ferreira de Barros, com pressão alta, febre e uma ferida bastante avançada no calcanhar e fomos muito mal recebidos por um enfermeiro chamado MÁRCIO e uma equipe de ajudante. O posto estava lotado e a maioria era senhoras de idade atrás de consultas e remédios. Ai, meu amigo, quando chegou o médico, Dr. EDSON, atrasado, mal humorado e falando de maneira grosseira com as senhoras, que ao meu ver o temiam muito. Meu marido até pediu que ele falasse mais baixo, pois ali tinha pessoas de idade e ele não respeito ninguém, falou que era dia de atendimento só de criança e que se sobrasse tempo, atenderia os idosos. Crianças tinham poucas, eu registrei isso e muito mais.
Ele (EDSON) e o enfermeiro MÁRCIO alegaram com tom bem agressivo que tinha que ir visitar lugares visinhos e essa missão de informar o dia de consulta dos idosos era dos ACS (Agentes Comunitários de Saúde). Até ai, eu concordo e eles disseram que fazem isso. Mas na minha opinião, eu acho que deveria ser distribuída uma tabela para a população que fosse afixada nas residencias, com as datas de atendimento e não ser colocada apenas no flanelógrafo do posto, porque as pessoas esquecem, mesmo porque, doença não tem hora para chegar, mesmo porque, as pessoas já estavam no posto e tinham o direito de ser atendidas com respeito e consideração, visto que são os os usuários que pagam os salários dos médicos e enfermeiros. O senhor MÁRCIO foi bastante catedrático em dizer que era do Rio de Janeiro. Se ele se acha tão importante assim, porque veio trabalhar no interior? Estão obrigados? São de fora, mas vieram ganhar o pão aqui no meio do povão.
Recebemos muitas denúncias de maus-tratos por parte de médicos e enfermeiros e lamentamos não ter sido a primeira vez. Peço encarecidamente em nome do povo guriuense mais respeito, responsabilidade e compromisso, pois isso me pareceu omissão de socorro, pois estamos vivendo numa democracia e ao reivindicar seus direitos, o povo tem o direito de ser atendido. Conto com sua compreensão diante dos fatos, pois sabemos que o senhor é tem feito uma administração muito respeitada e a pessoa do senhor e da sua esposa me pareceram bastante honestas.
Eu meu marido trabalhos na SMS (Secretaria Municipal de Saúde) em Fortaleza e fizemos curso do Humaniza SUS. Hoje, uma palavra de carinho ameniza e muito a enfermidade. Obrigado por sua atenção e aqui na SMS estamos sempre à sua disposição.
Atenciosamente,
SILVIA BARROS
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